sexta-feira, 6 de julho de 2012

tithonia: possível antinflamatório, porém tóxico para tratamento oral

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-iNFLAMATÓRIA E TOXICOLÓGICA AGUDA 
DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO 70% DE THITONIA DIVERSIFOLIA HELMS A. GRAY

Wadt N.S.Y, Fernandes M.S., Maia S.K., Menezes P.L., Silva O.L., Santana1 C.F., Okamoto2 M.K.H.
 Departamento de Saúde, Faculdade de Farmácia, Iniciação Científi ca,
Universidade Nove de Julho, S.P., Brasil.
 Departamento de Saúde, Faculdade de Farmácia, Pesquisadores,
Universidade Nove de Julho, S.P., Brasil .
nilwadt@gmail.com

Introdução:

Tithonia diversifolia (Hemsl.) A.Gray, família Asteraceae, é um arbusto de textura semi-herbácea, ereto, vigoroso, ramificado, originário do México, mas que se adaptou ao Brasil e cresce por todo o estado de São Paulo como "mato".
Possui folhas inteiras ou lobadas, com flores amarelas e vistosas, reunidas em capítulos solitários, grandes, semelhantes aos girassóis. Como esta planta é abundante na região (S.P), a população narra ações digestivas, anti-inflamatórias, porém sem estudos que confirmem este uso. Estudos fitoquímicos realizados conseguiram isolar do extrato da planta substâncias como: cadinanos, flavonóides, cromenos, sesquiterpenos eudasmano e germacranos. No Brasil, os fitoterápicos estão inseridos na Política de Práticas Integrativas e há grande interesse em descobrir plantas ou formas farmacêuticas fitoterápicas que possam ser utilizadas pela população, bem como a segurança das mesmas. O objetivo do trabalho foi verificar a toxicidade aguda em camundongos e a atividade anti-inflamatória tópica do extrato hidroalcoólico 70% de Tithonia diversifolia.

Métodos:
A toxicidade aguda do extrato hidroalcoólico 70% de Tithonia diversifolia (Helms) A.Gray foi realizada em camundongos Swiss, administrada por gavagem (via oral), na dose de 1mL/Kg de massa corpórea, em administração única.
Os animais foram observados por 14 dias, sendo parâmetros acompanhados, a massa corpórea e dos órgãos dos animais, morte dos mesmos, massa de ração e água consumidas. Os controles utilizados foram água e álcool 70% , diluído na proporção 1:1 (solvente do extrato). O ensaio anti-inflamatório foi realizado pelo método do granuloma (algodão) em ratos Wistar, sendo administrado topicamente pomada com 10% do extrato hidroalcoólico por 7 dias, e controles foram vaselina (veículo) e dexametasona (anti-infl amatório esteroidal) . Após este período os animais
foram sacrifi cados e retirados os granulomas, secos por 24hs e diferença de massa entre os grupos controle e amostra foram avaliados. O método estatístico Tuckey/ Anova foi utilizado e todos os ensaios foram aprovados pelo Comitê de Ética da UNINOVE (34-2010).

Resultados/ discussão e conclusão: 

Os resultados mostraram toxicidade, via oral, do extrato hidroalcoólico 70% de Tithonia diversifolia na dose de 1mL/Kg, pois houve morte de 2 animais quando comparados ao grupo controle e variação no consumo de ração e água.
No ensaio anti-inflamatório a amostra não apresentou resultados significativos quando comparados ao controle (p>0,05), sendo que a dexametasona, um potente anti-inflamatório, apresentou resultado significativo (p<0,01%),porém houve uma tendência anti-inflamatória, pois se forem comparados em porcentagem de inibição a dexametasona teria uma inibição de 25,63% e a amostra de 11,04%. Os resultados demonstram que não é segura a administração oral do extrato, mas estudos tópicos em concentrações maiores, devem ser realizados, pois indicam atividade anti-inflamatória.

Suporte fi nanceiro: UNINOVE (Universidade Nove de Julho)

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