quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Pegada Ecológica

http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/pegada_ecologica_global/ 

Pegada Ecológica Global

Estudos mostram que desde o final dos anos 70 a demanda da população mundial por recursos naturais é maior do que a capacidade do planeta em renová-los.
Dados mais recentes demonstram que estamos utilizando cerca de 50% a mais do que o que temos disponível em recursos naturais, ou seja, precisamos de um planeta e meio para sustentar nosso estilo de vida atual.
Podemos dizer que esta é uma forma irracional de exploração da natureza, que gera o esgotamento do capital natural mais rápido do que sua capacidade de renovação.

Esta situação não pode perdurar, pois, desta forma, enfrentaremos em breve uma profunda crise socioambiental e uma disputa por recursos.

O planeta precisa de 1,5 ano para regenerar os recursos renováveis que consumimos em um ano


Pegada Ecológica global por componente, 1961-2008 (Global Footprint Network, 2011):



Atualmente, a média mundial da Pegada Ecológica é de 2,7 hectares globais por pessoa, enquanto a biocapacidade disponível para cada ser humano é de apenas 1,8 hectare global. Tal situação coloca a população do planeta em grave déficit ecológico, correspondente a 0,9 gha/cap. A humanidade necessita hoje de 1,5 planeta para manter seu padrão de consumo, colocando, com isso, a biocapacidade planetária em grande risco.

Projeções para o ano de 2050 apontam que, se continuarmos com este padrão, necessitaremos de mais de dois planetas para mantermos nosso consumo. É necessário um esforço mundial para reverter essa tendência, fazendo com que passemos a viver dentro da biocapacidade planetária.

Projeções tendenciais (Global Footprint Network, 2010):



Outro grave efeito da excessiva exploração da natureza é a perda acelerada da biodiversidade, ou seja, o desaparecimento ou declínio do número de populações de espécies de plantas e animais.

A perda da biodiversidade verificada entre os anos de 1970 e 2000, cerca de 35%, somente é comparável a eventos de extinção em massa ocorridos apenas quatro ou cinco vezes durante bilhões de anos da história da Terra. Todos eles causados por desastres naturais e jamais pelo ser humano, como agora.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Embaúbas. Tratamento de mudas de embaúba com fungos

http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CC4QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.revistas.ufg.br%2Findex.php%2Fpat%2Farticle%2Fview%2F2296%2F2262&ei=uLMKUd6YE4ea9QTP74HIAQ&usg=AFQjCNG4DqVTv7SnQ0TWs4oJgb3KOBb2DA&sig2=50botdfzkk0PPtKJWuKq5Q

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da inoculação
com fungos micorrízicos arbusculares (FMA) em diferentes doses
de P2O5 na formação de mudas de embaúba (Cecropia
pachystachya) e no seu estabelecimento em campo. O estudo
constou de um experimento fatorial 5x2, sendo cinco doses de
P2O5 (zero, 85, 170, 255 e 340 mg.kg-1), aplicadas na ausência e
na presença de inoculação com uma mistura de FMA. Foram
usados quatro repetições, cada uma composta de doze mudas.
As sementes foram semeadas em tubetes com capacidade para
50 cm3 de substrato e mantidas por 120 dias. Após este período,
as mudas foram transplantadas para o campo, onde
permaneceram por mais 150 dias. Foram determinados durante o
período de muda, o diâmetro e a altura aos 60 e 120 dias, a
matéria seca da parte aérea (MSPA) e de raízes (MSR) e a
colonização micorrízica. Aos 150 dias, foram determinados o
diâmetro, a altura, a área foliar, MSPA e o número de mudas
sobreviventes. Na formação das mudas, praticamente não houve
efeito algum dos fatores estudados, com exceção de um aumento
em MSR, nas plantas inoculadas com FMA. No estabelecimento
em campo, plantas inoculadas com FMA e com baixas doses de
P2O5 apresentaram maior porcentagem de sobrevivência e mudas
mais vigorosas. Os resultados sugerem que, em solos de baixa
fertilidade e sujeitos a estresse hídrico, as mudas de embaúba
devem ser pré-inoculadas com FMA.

Tithonia diversifolia: Studies of endophytic fungi found in association with species of Asteraceae as sources of secondary metabolites and on biotransformation processes.

http://www.academicoo.com/artigo/estudo-de-fungos-endofiticos-associados-a-plantas-da-familia-asteraceae-como-fontes-de-metabolitos-secundarios-e-em-processos-de-biotransformacoes

Warley de Souza Borges

RESUMO

Fungos endofíticos constituem uma fonte promissora e ainda pouco explorada de novas substâncias potencialmente bioativas, que podem ter aplicações na medicina, agricultura e biologia química. Neste trabalho foram isolados cinco fungos endofíticos das folhas de Tithonia diversifolia, os quais foram cultivados em pequena escala e avaliados em diversos bioensaios. O fungo endofítico Phoma sorghina foi cultivado em escala ampliada, produzindo nove substâncias, sendo três derivados antraquinônicos inéditos na literatura. Três fungos endofíticos associados à Viguiera robusta foram estudados. De Colletotrichum gloeosporioides foram isoladas oito substâncias, sendo um derivado dicetopiperazínico e um derivado aminoaçúcar inéditos na literatura. Diaporthe phaesolorum produziu três derivados dicetopiperazinicos, um inédito na literatura. Chaetomium globosum produziu treze substâncias, sendo oito derivados azaphilônicos inéditos. Algumas linhagens endofíticas foram avaliadas em experimentos de biotransformação de três naftoquinonas e da 1-tetralona, catalisando reações de oxidação e redução. O fungo Diaphorte phaseolorum catalisou uma reação de metilação inédita na literatura de biotransformação.

Fungos Micorrízicos Arbusculares. Micorriza.

"Fungos Micorrízicos Arbusculares -FMAs são simbiontes de raízes de plantas, cuja associação é benéfica tanto para o fungo quanto para a planta. A maioria das plantas silvestres e cultivadas se associam a estes fungos."

http://www.dcs.ufla.br/micorriza/

Mirabilis Jalapa, Bonina. Antifúngicos: Plantas de uso popular. Infecções fúngicas humanas. O tratamento das micoses humanas não é sempre efetivo, pois os fármacos antifúngicos disponíveis produzem recorrência ou causam resistência.

R. Fenner, A. H. Betti, L. A. Mentz, S. M. K. Rates

http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v42n3/a07v42n3.pdf

"Os óleos voláteis
têm sua atividade anti-séptica reconhecida e normalmente
atribuída à presença de compostos fenólicos,
aldeídos e álcoois: citral, geraniol, linalol e timol têm
alto poder anti-séptico, superior ao do próprio fenol
(Simões e Spitzer, 2003). Os óleos voláteis da família
Lamiaceae, a qual pertence R. officinalis, apresentam
grande importância econômica e várias espécies são
cultivadas para utilização na indústria de alimentos, cosméticos
e, também, para fins medicinais (Simões et al.,
2003). O fato de as proteínas de Phytolacca americana
e Mirabilis jalapa apresentarem sequências homólogas


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Aedes aegypti: vetor de febre amarela e do dengue. FIOCRUZ.

O vetor do dengue

por Pablo Pires Ferreira
O dengue é transmitido pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da febre amarela. Qualquer epidemia das duas doenças está diretamente ligada à concentração do mosquito, ou seja, quanto mais desses insetos, mais elas se farão presentes.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Uberaba. A combinação de pesquisa e difusão científica que vem dando fama a Peirópolis tem a chancela da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP), que congrega 360 pesquisadores.

http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=287&Artigo_ID=4512&IDCategoria=5139&reftype=1 

"O Brasil possui sítios paleontológicos do Oiapoque ao Chuí, pois conta com requisito vital para a ocorrência de fósseis: a existência de grandes bacias sedimentares. Essas áreas se formaram devido à erosão de rochas e ao acúmulo de materiais orgânicos em terrenos que, há milhões de anos, eram mais baixos. Por isso, restos de animais e vegetais pré-históricos vêm sendo encontrados de norte a sul desde o século passado. Há relatos de achados que remontam ao Brasil Colônia."

Anolis. Lagarto Americano.





Como ler uma caixa taxonómicaAnolis
Anolis marmoratus speciosus
Anolis marmoratus speciosus
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Sauria
Família: Polychrotidae
Género: Anolis


Wikispecies
A Wikispecies tem informações sobre: Anolis

A. polylepis

A. biporcatus

Os Anolis são um gênero de lagartos americanos bem comuns, possuindo uma distribuição que vai desde a América do Norte até a do Sul. São encontrado com mais freqüência nas florestas tropicais da América Central, geralmente caçando insetos e larvas. Trata-se de um dos gêneros de vertebrados mais populoso do mundo, com mais de 400 espécies conhecidas.
Esses animais são pequenos lagartos arborícolas, e tem uma característica bastante peculiar, possui uma extensão de pele no penis de cor vermelha, usado como uma bandeirola, que é "içada" para atrair as fêmeas.
As espécies mais importantes são Anolis carolinensis e Anolis sagrei.

Verão a 6 de dezembro no Tepuy e BIO.

Às 19:30 horas chove muito pouco e não há mais som das cigarras há uma semana.


Scientia Forestalis. Biodiversity Brazil. It was observed that the Tapirus terrestris and the Tayassu pecari select the meadow and gallery vegetation.

 Ungulados ameaçados em florestas tropicais.

Seletividade de habitats pela anta (Tapirus terrestris) e
pelo queixada (Tayassu pecari) na Floresta com Araucária


Habitat selectivity by lowland tapir Tapirus terrestris and white
lipped-peccary Tayassu pecari in Forest with Araucaria


Gisley Paula Vidolin¹, Daniela Biondi², Adilson Wandembruck¹


http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr84/cap12.pdf

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Ano Internacional da Água na ONU. Conferência Zaragoza 2012/2013 "Preparação para o Ano Internacional 2013 de Cooperação da água! Fazendo Acontecer ", terá lugar em Zaragoza, Espanha, de 8 a 10 de janeiro de 2013.


Em 11 de Fevereiro de 2011, a Assembléia Geral da ONU, em sua resolução 65/154 , decidiu proclamar 2013 Ano Internacional da  Cooperação da Água . 
Para garantir que a segurança da água e da sustentabilidade seja alcançada esforços conjuntos serão feitos para promover a cooperação da água na bacia do rio e de escala local, inclusive em bacias hidrográficas transfronteiriças, distritos de irrigação e cidades.Cooperação é necessária para lidar com algumas das questões importantes como as decisões de alocação de água, os impactos a montante ea jusante da poluição da água e captação de água, construção e gestão de infra-estruturas novas, lidando com abstrações ilegais ea sobreexploração de águas superficiais e subterrâneas, decidir sobre gestão, financiamento de recursos hídricos e de serviços de água, entre outros. A este respeito, negociação, mediação e mecanismos de resolução de controvérsias outros, incluindo o papel da diplomacia água, bem como ferramentas de participação ou procedimentos serão os temas principais de discussão na conferência. A conferência vai apresentar as principais competências necessárias, com especial atenção ao seu papel importante no processo de negociação e mediação, com exemplos de sua aplicação em nível nacional e configurações de água internacionais.
O Ano Internacional  da ONU-Água Conferência Zaragoza 2012/2013 "Preparação para o Ano 2013 Internacional. Cooperação da água! Fazendo Acontecer ", que terá lugar em Zaragoza, Espanha, de 8 a 10 de janeiro de 2013, centra-se sobre a forma de tornar a cooperação uma realidade:
  • Identificando as melhores abordagens para promover uma cooperação eficaz em diferentes escalas. Quais são as lições de experiências de implementação recentes e como elas têm contribuído para melhorar a gestão da água?
  • Identificando como podemos fazer "melhor" em cooperação no uso da água através da partilha de experiências e lições. Os casos ilustram experiências em que a eficácia da cooperação pode ser facilitada com o objetivo de inspirar os demais e destacar alguns dos ingredientes cruciais para o sucesso. Também identificam as dificuldades gerais e específicas localmente, desafios, obstáculos e fracassos que não podemos ignorar e poder aprender a partir do que não conhece.
  •  http://www.un.org/waterforlifedecade/water_cooperation_2013/index.shtml

Biodiversity Brazil. Habitats dendrotelmatas. Study of mosquitoes preferences for breeding habitat was carried out in the Atlantic Forest of the Serra do Mar, Paraná State.


MICROHABITATS DE MOSQUITOS (DIPTERA, CULICIDAE) EM
INTERNÓDIOS DE TAQUARA NA MATA ATLÂNTICA, PARANÁ,
BRASIL

Ana Leuch Lozovei1

ABSTRACT

MOSQUITOES MICROHABITATS (DIPTERA, CULICIDAE) IN BAMBOO INTERNODES IN
ATLANTIC FOREST, PARANÁ, BRAZIL.

 During two consecutive years, from January 1985 to December 1986, a comparative study of mosquitoes preferences for breeding habitat was carried out in the Atlantic Forest of the Serra do Mar, Paraná State, Brazil. To achieve it, 1875 bamboo internodes aligned vertically in live green, bamboo plants Merostachys speciosa Munro and Merostachys sp. were used, in which metabolic water was exuded from the plant itself, and presenting different size/pattern holes at their lateral walls, bored by the local sylvan fauna. Another group of 1200 individual internode traps was used as comparative element, carved out with a transversal cut by a saw, filled with local stream water and held in branches at different heights in the vegetal strata nearby. At both microhabitat types, a total of 17 culicid species was registered. Culex (Microculex) neglectus Lutz, 1904, Cx. (Carrollia) soperi Antunes & Lane, 1937, Sabethes (Sabethes) batesi Lane & Cerqueira, 1942 and Sa. (Sabethinus) melanonymphe (Dyar, 1924) colonized exclusively live plant internodes, while Culex  (Microculex) elongatus Rozeboom & Lane, 1950, Cx. (Carrollia) iridescens (Lutz, 1905), Cx. (Carrollia) kompi Valencia, 1973 and Trichoprosopon (Trichoprosopon) soaresi Dyar & Knab, 1907 bred only in internode traps.The remaining nine species colonized both habitats indistinctly. Quantitatively, was detected the abundance of 60.1% at live green internodes, against 39.9% for internode traps. Concerning the different patterns of bored live internode holes, 40.3% of the total computed specimens were collected in square or rectangular holes, 31.9% in two hole internodes, one minute circular, the other wider, and the remaining 28.8% of specimens distributed in other pattern type internodes. The mosquitoes breeding at these microhabitats fall in the culicid entomofauna specialized at locating and detecting peculiar and propitious mesogen conditions for breeding purposes.
KEYWORDS. Culicidae, reproduction, bamboo internodes, microhabitats.

Brazil Biodiversity: Mosquitos na Amazônia. Culicideos (Diptera:Culicidae) da Região dos Lagos nos Municípios de Amapá, Pracuúba e Tartarugalzinho.

http://www.iepa.ap.gov.br/probio/relatorios/Relatorio_Cap08.pdf

Raimundo Nonato P. Souto, Dr.
Carlos Henrique C. Pimentel


Resumo


Os culicideos são insetos pertencentes à ordem Diptera, Sub-ordem Nematocera,
família Culicidae, conhecidos também como mosquitos, pernilongos, muriçocas ou
carapanãs. Atualmente reconhece-se a existência de cerca de 3600 espécies de
mosquitos. Os culicídeos recebem atenção especial devido ao seu hábito hematófago,
através do qual se tornam importantes vetores de doenças, sendo este fato, uma séria
realidade na Amazônia. Este estudo objetivou realizar um levantamento de espécies de
mosquitos da família Culicidae na região dos lagos nos municípios de Amapá, Pracuúba
e Tartarugalzinho. Foram coletados um total de 2.178 mosquitos, distribuídos em 32
espécies, 2 subfamílias, 10 gêneros e 6 tribos. Foram realizados três novos registros de
espécies de Culicideos para o Estado do Amapá, trata-se das espécies Ochlerotatus
(Protomacleaya) argyrothorax Bonne-Wepster e Bonne (1902), Uranotaenia (Uranotaenia)
lowii Theobald (1901) e Coquilletia (Rhynchotaemia) nigricans Coquillet (1904). Este
estudo constitui uma importante contribuição para o conhecimento da culicidiofauna do
Estado do Amapá. Trata-se do primeiro levantamento de culicideos realizado na região
dos lagos no Estado do Amapá.
Palavras-chave: Amazônia. A
mapá. Culicideos. Vetores.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

2012/2013. Brasil em Portugal. Ilhas Açorianas. Distâncias medidas ao longo da ortodrómica.

Importância geoestratégica

http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7ores 

A sua localização na zona central do Atlântico Norte, fez com que as ilhas açorianas constituíssem durante séculos uma autêntica encruzilhada nas rotas transatlânticas.
Na fase da navegação à vela, devido ao regime de ventos e correntes que obrigava à "volta do largo", as embarcações provenientes do Atlântico Sul (da Índia, Extremo Oriente e outras partes da Ásia, de África, do Brasil e outras partes da América do Sul) e das Caraíbas (das chamadas "Índias de Castela") faziam uma larga rotação no sentido dos ponteiros do relógio que as trazia até às proximidades do Grupo Ocidental, cruzando depois o arquipélago em direcção à Europa. É esse o percurso que ainda hoje faz a navegação de recreio, utilizando como ponto de apoio o porto da Horta, ilha do Faial.
Com o aparecimento da navegação a vapor, os portos dos Açores, particularmente os de Ponta Delgada e Horta, os únicos com molhes de protecção e cais acostáveis de dimensão apreciável, assumiram importante papel no fornecimento de carvão.
Com o advento da aviação, os Açores cedo ganharam importância como ponto de apoio. As primeiras travessias aéreas do Atlântico escalaram os Açores, e a Horta, com a sua baía abrigada e ligações telegráficas intercontinentais via cabo submarino, foi uma importante escala nas ligações entre a Europa e a América por hidroavião (os clippers) no período imediatamente anterior à Segunda Guerra Mundial.
Terminada a guerra, a base norte-americana da ilha de Santa Maria rapidamente se transformou num aeroporto internacional e centro de escalas técnicas para as aeronaves que cruzavam o Atlântico entre as Américas, o sul da Europa, o norte de África e o Médio Oriente. Igual papel, mas para a aviação militar, teve (e continua a ter) a Base das Lajes, na ilha Terceira, onde, após a saída do contingente britânico chegado em 1943, se instalou um destacamento militar dos Estados Unidos naquela que é a Base Área n.º 4 da Força Aérea Portuguesa (ainda em pleno funcionamento).
As discussões em torno do papel geo-estratégico dos Açores e da função do arquipélago como ponto de fronteira entre as esferas de interesse norte-americana e europeia ainda assume papel relevante na discussão política açoriana e na postura da classe política face aos interesses portugueses no Atlântico. As questões em torno da alocação de contrapartidas concedidas pelos Estados Unidos pela utilização da Base Aérea das Lajes, na ilha Terceira têm ocupado, embora de forma estéril, a actividade parlamentar e são presença constante na negociação com Portugal e com os Estados Unidos.
Mais recentemente, o facto das águas da zona económica exclusiva (ZEE) dos Açores serem de longe as maiores da União Europeia, com os seus 994 000 quilómetros quadrados, e por isso constituirem o grosso das chamadas "águas ocidentais" da União, tem levado a acesos debates sobre as vantagens da integração açoriana na União Europeia. Nos termos dos tratados em vigor, e do projecto de tratado para a Constituição Europeia, a gestão dos recursos biológicos marinhos é competência exclusiva da União, o que levou já à abertura parcial da pesca (entre as 100 e as 200 milhas náuticas) a embarcações comunitárias contra a vontade do governo açoriano.
Para se compreender a posição do arquipélago atente-se nas seguintes distâncias medidas ao longo da ortodrómica (grande círculo) a partir de um ponto sito no centro geográfico dos Açores (38º 35’ N; 28º 05’ W):