A configuração
da zona costeira do Brasil, tanto em relação à sua
posição geográfica, quanto à
orientação da linha de costa, é em grande parte
resultado dos processos tectônicos ocorridos quando da
fissão do supercontinente Gondwana, com conseqüente
separação entre América do Sul e África e
formação do Oceano Atlântico no Cretácio
inferior. A ascensão de pluma magmática sobre hotspots
(pontos quentes) levou ao soerguimento e enfraquecimento da litosfera e
crosta continental, causando a formação de um vale em
rifte. Com a continuidade do processo de ascensão e
extensão, ocorreram falhas e fraturas nas zonas de fraquezas da
litosfera e afastamento dos dois novos continentes, conferindo o
modelado do relevo e direção da linha de costa.
As direções
predominantes destas estruturas são basicamente duas: a
direção denominada Brasiliana (NE / SE) na região
entre Cabo Calcanhar (RN) e Chuí (RS) e a direção
Caraíba (NW / SE) entre Oiapoque (AP) e Cabo Calcanhar (RN).
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