Experimentos de laboratório realizados por SEELEY (1985) revelaram que nas regiões temperadas, A. mellifera
inicia a produção de crias no meio do inverno para que a colônia
esteja suficientemente populosa para enxamear nos primeiros períodos
de dias longos, coincidindo com o aparecimento das primeiras floradas.
Na caatinga, comportamento semelhante parece ocorrer no final do
período seco. Em Milagres, CASTRO (2001) analisou o fluxo
quantitativo de pólen coletado por A. mellifera e registrou um
aumento da quantidade de pólen coletado nos meses que antecedem o
início das chuvas, com o pico de coleta coincidindo com o início das
precipitações.
Nas DMRSF, os dados de coletas nas flores e as observações do ninho nos levam a inferir que a alta abundância de A. mellifera
no final do período seco foi devido a uma intensificação na produção
de crias para (1) garantir a formação de uma população numerosa
capaz de enxamear no início da estação de chuvas; (2) atingir grandes
populações no início do período de chuvas para forragear uma maior
quantidade de recursos e armazenar esses recursos para os períodos de
escassez de alimento e/ou (3) porque as primeiras chuvas - que
ocorrem ainda no período seco - são um estímulo natural para que as
colônias intensifiquem a produção de crias.
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