segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Brasil Biodiversity: Fava, principal cultivo no nordeste. Sclerotium rolfsii : Infecção do Hospedeiro e Patogenicidade.

JEFERSON ARAÚJO SILVA
AVALIAÇÃO E ESTABILIDADE DA RESISTÊNCIA
DE GENÓTIPOS DE FAVA AO Sclerotium rolfsii
A família Fabaceae, uma das maiores entre as eudicotiledôneas, com 18.000 espécies e 643 gêneros,  tem ampla distribuição mundial, mas se concentra nas regiões
tropicais e subtropicais (BROUGHTON et al., 2003). Esta família é subdividida em três
subfamílias, Cesalpinioideae, Mimosoideae e Papilonoideae. Entretanto esta última é a maior subfamília, composta de 476 genêros, sendo o Phaseoluso principal (LEWIS et al., 2003).
O gênero Phaseolus possui 50 espécies, todas originárias do continente americano, sendo somente cinco cultivadas. (...)
É cultivada em consórcio com outras culturas, em áreas pequenas e dispersas, e consumida na forma de grãos maduros e secos cozidos (VIEIRA, 1992). Entre as espécies cultivadas do gênero Phaseolus, ocupa o segundo lugar em consumo, depois do feijão comum (P. vulgaris) (MAQUET; VEKEMANS; BAUDOIN, 1999).
A fava apresenta ciclo anual, bianual ou perene, germinação epígea e hábito de crescimento indeterminado ou determinado (BEYRA; ARTILES, 2004). A partir do
segundo nó, as folhas são trifoliadas e mais escuras que as encontradas em outras espécies, mesmo depois do amadurecimento das vagens (SANTOS et al., 2002). 
As vagens são compridas, achatadas, curvas, coriáceas,
pontiagudas, às vezes deiscentes, de coloração bege quando secas, contendo de duas a quatro sementes com grande variação de cor do tegumento e tamanho, com peso de 100 sementes variando de 30 a 300g(VIEIRA, 1992). É uma leguminosa tropical caracterizada por elevada diversidade
genética e elevado potencial de produção, que se adaptam às mais diferentes condições ambientais, mas desenvolvem-se melhor nos trópicos úmidos e quentes
(MAQUET; VEKEMANS; BAUDOIN, 1999).


No Brasil, a fava é plantada principalmente nos estados da região Nordeste, Minas Gerais e Rio Grande do Sul (AZEVEDO; FRANCO; ARAÚJO, 2003). A região Nordeste é responsável por 91% da produção de fava, atingindo, em 2009, uma área plantada de 41.318 ha e uma produção de 17.078 t. Os estados da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte destacam-se como principais produtores dessa leguminosa. Apresenta grande potencial para fornecer 
proteína vegetal à população, constituindo uma fonte alternativa de alimento complementando a renda depequenos agricultores (IBGE, 2009). 
Embora o consumo da fava ainda seja restrito, a capacidade de adaptação dessa leguminosa é maior ampla que a do feijão comum. A explicação para a pouca expansão do uso da fava na alimentação humana pode estar relacionada à grande tradição do consumo de feijão comum, ao paladar mais forte da fava e ao seu tempo de cocção mais longo (VIEIRA, 1992).

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