domingo, 22 de setembro de 2013

Portugal: silvas. 5 milhões de carvalhos (Quercus robur) para a fase dos Descobrimentos.

http://www.tapadademafra.pt/noticias/blogue-da-tapada/144-a-biodiversidade-e-a-silva-lusitana.html?showall=1&limitstart= 

Jorge Paiva (Biólogo)
Centro de Ecologia Funcional. Universidade de Coimbra

 
A história da nossa floresta (silva, em latim), nunca é referida nas Escolas, quando foi extremamente
 relevante para a conquista do nosso território continental e para os Descobrimentos. 

A floresta portuguesa (silva lusitana) desde que o homem habita a Península Ibérica, foi muito importante para acoitar os lusitanos quando Viriato lutou contra os romanos; para refúgio dos nossos exércitos nas pelejas contra os mouros; assim como também o fizeram os franceses que acoitaram os seus exércitos clandestinos no “maquis” na luta contra a ocupação alemã na última Grande Guerra; os vietnamitas que se refugiaram nas florestas tropicais (pluvisilva) na guerra contra os americanos e os povos africanos fizeram o mesmo nas lutas para as respectivas independências.
(...)
Quando o homem inicia o cultivo de cereais (trigo e cevada) e a domesticação de animais (cabra, ovelha e porco) há cerca de 8-7 mil anos, inicia-se a degradação da fagosilva. Uma parte das montanhas do norte do país, como, por exemplo, a serra de Castro Laboreiro, talvez já estivesse com a floresta muito degradada no inicío da nossa nacionalidade. A riqueza arqueológica dessa região (mamoas, castros, etc.) assim o comprova. Essa degradação continuou depois com a pastorícia e agricultura rural até aos nossos dias, de que as brandas, inverneiras, vezeiras, socalcos e prados-de-lima são ainda o testemunho desse património cultural a preservar.

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