http://www.tapadademafra.pt/noticias/blogue-da-tapada/144-a-biodiversidade-e-a-silva-lusitana.html?showall=1&limitstart= 
Jorge Paiva (Biólogo)
Centro de Ecologia Funcional. Universidade de Coimbra
  
A história da nossa floresta (silva, em latim), nunca é referida nas 
Escolas, quando foi extremamente
 relevante para a conquista do nosso 
território continental e para os Descobrimentos. 
A floresta portuguesa 
(silva lusitana) desde que o homem habita a Península Ibérica, foi muito
 importante para acoitar os lusitanos quando Viriato lutou contra os 
romanos; para refúgio dos nossos exércitos nas pelejas contra os mouros;
 assim como também o fizeram os franceses que acoitaram os seus 
exércitos clandestinos no “maquis” na luta contra a ocupação alemã na 
última Grande Guerra; os vietnamitas que se refugiaram nas florestas 
tropicais (pluvisilva) na guerra contra os americanos e os povos 
africanos fizeram o mesmo nas lutas para as respectivas independências.
(...)
Quando o homem inicia o cultivo de cereais (trigo e cevada) e a 
domesticação de animais (cabra, ovelha e porco) há cerca de 8-7 mil 
anos, inicia-se a degradação da fagosilva. Uma parte das montanhas do 
norte do país, como, por exemplo, a serra de Castro Laboreiro, talvez já
 estivesse com a floresta muito degradada no inicío da nossa 
nacionalidade. A riqueza arqueológica dessa região (mamoas, castros, 
etc.) assim o comprova. Essa degradação continuou depois com a 
pastorícia e agricultura rural até aos nossos dias, de que as brandas, 
inverneiras, vezeiras, socalcos e prados-de-lima são ainda o testemunho 
desse património cultural a preservar. 
Nenhum comentário:
Postar um comentário