terça-feira, 13 de novembro de 2012

Tepuy: Temos anuros!

Numa primeira avaliação em setembro nos pareceu terem sido extintos todos os anuros no Tepuy, que os tinha muitos, muitos! De pererecas no banheiro público, aberto para os jardins, a sapos inchados andando pela noite nas trilhas e caminhos assustando aos incautos que se atreviam a sair sem laterna, ao sentir os bichos debaixo dos pés, promovendo sessões de gritos de susto bem memoráveis.

Mas hoje estamos a ouvir perereca no depósito, para onde visivelmente se mudou ao ser identificada no banheiro público. É pouco, mas ainda há uma (visível). Houve um tempo em que elas pareciam excursionar durante a noite entre a caixa dágua coletiva no telhado e o tanque dos peixes. Nesta época foram caçadas por gatos e houve um remanejamento dos animais domésticos para que não ocorressem mais interferências.

Além dela foi encontrado pelo menos um sapo de costas marron escuro e manchas cinza amarelado, que faz um interessante trajeto, entre um cano da calha que vai ao canil, nos jardins, e, depois, volta ao tanque dos peixes, passando parte da noite sob um fogão industrial. Uma vez, surpreendido em meio ao seu trajeto, fugiu para o tanque e nadou vigorosamente para o fundo. Os cães podem farejá-los e identificamos o trajeto deste sapo porque um dos cães o acossou no cano da calha. Este caminho já deveria ser previsível, porque ao lado do canil há uma fenda para o alicerce da residência, e esta fenda era notadamente refúgio de anuros, o que levou a conservá-la assim até que se pudesse identificar a ausência deles, para que não fossem enterrados. Como nunca houve certeza da ausência dos sapos naquela área, a fenda permanece aberta.

Enfim, temos anuros!



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