Vê-los é coisa rara. As melhores probabilidades acontecem nas noites de concerto de música barroca, “como que enfeitiçados por uma qualquer
flauta de músico de Hamelin”, ironiza Fiolhais.
http://dererummundi.blogspot.com.br/2011/10/morcegos-de-biblioteca.html
Carlos Fiolhais discorre sobre a Biblioteca
http://www.youtube.com/watch?v=RkOgXpVaEAQ
http://visit.uc.pt/biblioteca/
Contém cerca de 57.000 volumes.
Construída de modo a exaltar o monarca e a riqueza do império,
nomeadamente da provinda do Brasil, esta biblioteca é, para além de uma
esplendorosa combinação de materiais exóticos, um verdadeiro cofre forte
de livros.
Concebida como um paralelepípedo disposto em altura para vencer a
diferença de cota, encostado à cabeceira da Capela, abre para o pátio o
piso principal correspondente às salas nobres, a que se acede por um
portal monumental, como um arco de triunfo, ladeado de colunas jónicas e
dominado por um magnífico escudo real.
A preservação dos livros é a preocupação fundamental. Para além dos
fatores de degradação, das diferenças de humidade e temperatura, existe
toda uma variedade de insetos bibliófagos que merecem uma atenção e
controlo constantes.
Como elementos de proteção contra estes inimigos, a Biblioteca Joanina
contam com robustas estantes feitas de madeira de carvalho.
Os livros contam ainda com mais um aliado neste combate diário pela
conservação; com efeito, no interior da biblioteca, habita uma colónia
de morcegos, que, durante a noite, se vai alimentando dos diversos
insetos que por aqui aparecem, mantendo, portanto, todos estes volumes a
salvo do seu ataque.
Naturalmente que a presença destes mamíferos requer um cuidado
adicional para prevenir qualquer dano causado pelos dejetos sobretudo
nas madeiras das magníficas mesas: todos os dias, ao fechar da
biblioteca, as mesmas são resguardadas com toalhas de couro.
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