sábado, 31 de agosto de 2013

Brazil: madeira tropical. Presidência da República.Relação dos Países Produtores com Recursos de Floresta Tropical e/ou Exportadores Líquidos de Madeira Tropical em Termos de Volume, listados no Decreto. E relação dos países consumidores.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2707.htm  

DECRETO Nº 2.707, DE 4 DE AGOSTO DE 1998. Promulga o Acordo Internacional de Madeiras Tropicais, assinado em Genebra, em 26 de janeiro de 1994



Bolívia
21
Brasil
133
Camarões
23
Colômbia
24
Congo
23
Costa Rica
09
Costa do Marfim
23
Equador
14
El Salvador
09
Filipinas
25
Guiné Equatorial
23
Gabão
23
Gana
23
Guiana
14
Honduras
09
Índia
34
lndonésia
170
Libéria
23
Malásia
139
México
14
Myanmar
33
Nova Guiné
28
Panamá
10
Paraguai
11
Peru
25
República Dominicana
9
República Unida da Tanzânia
23
Tailândia
20
Togo
23
Trinidad e Tobago
09
Venezuela
10
Zaire
23
Total
1000
Anexo B
Relação dos Países Consumidores e Alocação de Votos para os Propósitos do Artigo 41
Afeganistão
10
Argélia
13
Austrália
18
Áustria
11
Baráin
11
Bulgária
10
Canadá
12
Chile
10
China
36
Comunidade Européia
(302)
Alemanha
35
Bélgica-Luxemburgo
26
Dinamarca
11
Espanha
25
França
44
Grécia
13
Holanda
40
Irlanda
13
Itália
35
Portugal
18
Reino Unido
42
Coréia do Sul
97
Egito
14
Estados Unidos da América
51
Federação Russa
13
Finlândia
10
Japão
320
Nepal
10
Nova Zelândia
10
Noruega
10
República Eslovaca
11
Suécia
10
Suíça
11
Total
1000



sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A geopolítica das placas tectônicas. Moisi.

http://www.revistadigital.com.br/2012/01/a-geopolitica-das-placas-tectonicas/
"Eu me refiro ao que está acontecendo como um movimento de placas tectônicas, o que inclui terremotos. O Ocidente perde peso relativo, a Ásia renasce, os emergentes ganham novo peso. A geopolítica está em franca transformação."

Brazil: paleontologia. Afloramento Bainha, Criciúma, SC Flora Glossopteris do Permiano Inferior. Roberto Iannuzz

http://sigep.cprm.gov.br/sitio082/sitio082.pdf

http://sigep.cprm.gov.br/sitios.htm       sítios geológicos e paleontológicos do Brasil

Brazil: paleontologia. Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price. Peirópolis, Uberaba.

http://acd.ufrj.br/geologia/sbp/ceprice.htm

 O Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price está localizado no município de Uberaba, numa localidade que já foi denominada Pântano da Caieira, onde Frederico Peiró e outros espanhóis, contratados por ele, e brasileiros locais, faziam a extração da cal. Posteriormente foi chamada Paineiras e, atualmente, Peirópolis.
Na caieira foram encontrados três grupos de dinossauros : o titanossauro, herbívoro de grande porte que está representado na entrada do Centro de Pesquisas em tamanho natural, um grande carnívoro do grupo dos carnossauros, e uma terceira forma, um pouco menor e bastante ágil, o celurossauro, bem como ovos de dinossauros, que davam origem a filhotes desproporcionalmente pequenos, em relação ao desenvolvimento que alcançavam na maturidade. TBp.

Certamente, L.I. Price não era um típico
estrangeiro, pois havia nascido em Santa Maria e
mudou-se aos Estados Unidos quando tinha 15 anos
de idade. Durante os anos 40, Price retornou ao Brasil
e, como cientista da Divisão de Geologia e Mineralogia
(DNPM), iniciou o que pode meritoriamente ser
considerado como o primeiro programa científico
brasileiro para o estudo dos tetrápodes triássicos do
Brasil meridional. Em seu tempo, Price influenciou
positivamente cada paleontólogo brasileiro deste país,
particularmente os paleoherpetólogos

Brazil: paleontologia. Paleofauna triássica. Santa Maria, Rio Grande do Sul.

http://sigep.cprm.gov.br/sitio022/sitio022.pdf        paleofauna triássica

http://sigep.cprm.gov.br/sitios.htm        sítios geológicos e paleontológicos

Brazil: paleontologia. Sítios geológicos e palentológicos.

 http://sigep.cprm.gov.br/sitios.htm
http://sigep.cprm.gov.br/sitio010/sitio010.pdf GOIÁS formação Irati  fóssil quase completo:  crânio e esqueleto pós cranial

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Paleontologia: Oceano de Goiás. The great Precambrian collision of the Southeastern Brazil and the regional structure.

http://ppegeo.igc.usp.br/scielo.php?pid=S0101-90822010000200001&script=sci_arttext

O Brasiliano II foi bem mais ativo, atuando na maior parte da região – foi, sem dúvida, o evento de maior expressão e responsável pelos traços estruturais da região. Ele envolveu o fechamento do Oceano de Goiás entre o Cráton do São Francisco e o Maciço Goiano progredindo de norte para sul entre 670 e 620 Ma; ao mesmo tempo, fechava-se o Oceano Adamastor de sul para norte, entre 670 e 530 Ma QUADRO 1. Eventos de convergência e colisão no Brasiliano I (900-700 Ma), Brasiliano II (670-530 Ma) e Brasiliano III (580-490 Ma). (Figura 17). Destaque-se que no sul de Minas Gerais o Oceano de Goiás havia se fechado em cerca de 620 Ma e o Adamastor ali se fecharia bem depois, por volta de 560 Ma. O Brasiliano III marca o final dos processos de aglutinação, justapondo o Cráton Amazônico à massa continental existente a leste e também agregando o Maciço de Cabo Frio ao Rio de Janeiro (Schmitt et al., 2008), terminando o fechamento dos oceanos de Goiás e Adamastor.

Paleontologia: Brasil, Peirópolis, Uberaba.

sbgeo.org.br/pub_sbg/cbg/2004-ARAXA/Exc3peir¾polis.PDF

Pré-Cambriano: início do movimento das placas tectônicas. Registros pré-cambrianos no Pará, Brasil.

Também grafado Pré-Cambriana ou Pré-Câmbrico, é o nome tradicional que se dá ao conjunto deéons anteriores ao Fanerozóico: o Proterozóico, o Arqueano e o Hadeano. Apesar de obsoleto, ainda consta do Quadro Estratigráfico Internacional da Comissão Internacional sobre Estratigrafia daUnião Internacional de Ciências Geológicas. Já recebeu nomes como Azóico ("sem vida") e Criptozóico ("vida oculta"), atualmente em desuso.
O Pré-Câmbrico ou Pré-Cambriano (em português do Brasil) está compreendido entre o aparecimento da Terra, há cerca de 4,5 bilhões de anos, até o surgimento de uma larga quantidade de fósseis, que marca o início do período Cambriano da era Paleozóica do éon Fanerozóico, há cerca de 540 milhões de anos.
Sabe-se pouco dos eóns pré-cambrianos, apesar de corresponderem a sete oitavos da vida da Terra, já que as modificações a que a crosta terrestre foi submetida posteriormente dificultam a interpretação dos vestígios deste. A maioria dos conhecimentos atuais deve-se a descobertas efetuadas nas últimas quatro ou cinco décadas. Foi durante o Pré-Cambriano que os eventos mais importantes da história da Terra aconteceram:

Fóssil de Spriggina flounensi, um artrópode ou anelídeo encontrado na Austrália.
A mais antiga e mais vasta divisão do tempo geológico (gr. proteros = primeiro + zoé= vida). O seu início não é ainda definitivamente conhecido, ultrapassando, entretanto, a casa dos quatro bilhões de anos (estimativa baseada na radioatividade); o seu término deu-se aproximadamente há 500 milhões de anos. Designam-se comumente como pré-cambrianos os terrenos formados durante essa era. Constituem-se de rochas metamórficas (gnaisses, xistos) intensamente dobradas e falhadas e rochas ígneas (granitos, etc.). A sua importância econômica é muito grande, porque nos terrenos dessa era estão as maiores reservas de ferro conhecidas, manganês, etc., sem mencionar-se ouro, cobre, níquel, prata, pedras preciosas, material de construção, etc. Distribuem-se os terrenos pré-cambrianos largamente pelo mundo, sendo as suas áreas maiores de ocorrência chamadas "escudos". Na Austrália constituem o Escudo Australiano; na África, o Escudo Etiópico; na Ásia, o Escudo Angárico; na Europa, o Escudo Báltico; e, na América do Sul formam dois escudos principais: o Escudo Guianense, ao norte do Rio Amazonas, e o Escudo Rio Grandense, que compete ao sul e sudeste do Rio Grande Do Sul, norte e nordeste do Uruguai. Fósseis de idade pré-cambriana são comparativamente raros: estruturas possivelmente originadas por algas (Collenia, etc.), moldes de medusas, etc. A ocorrência de rochas grafitosas em terrenos desta era sugere vida orgânica, enquanto os depósitos de ferro e de calcário são considerados por muitos autores como sendo resultantes da atividade de bactérias.


 http://www.cprm.gov.br/publique/media/evento_0364.pdf
DOMÍNIOS TECTÔNICOS DO PRE-CAMBRIANO DO PARÁ
Marcelo Lacerda Vasquez (1); Lucia Travassos Rosa Costa (2); Cristiane da Silva Sousa (3); Evandro Luiz Klein (4); Cesar Lisboa Chaves (5).
(1) CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL; (2) CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL; (3) CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL; (4) CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL; (5) CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL.
Resumo: O mapa tectônico do estado é um dos produtos que compõe os mapas geológicos estaduais da CPRM-SGB. Neste é apresentado a compartimentação tectônica dos domínios pré-cambrianos que são compostos de associações que refletem o ambiente tectônico e a época de formação destas. O agrupamento das associações tectônicas também reflete a orogênese ou tafrogênese responsável pela sua formação. No Pará, os granitóides e greenstone-belts mesoarqueanos (3,0-2,83 Ga) do Domínio Rio Maria são os terrenos mais antigos. Estes são sucedidos pelos greenstone-belts e granitóides neoqueanos (~2,76 Ga) do Domínio Carajás. Complexos máfico-ultramáficos (2,97 e 2,76 Ga) ocorrem
associados às duas gerações de greenstone-belts e uma bacia plataformal, cortada por diques máficos de 2,7 Ga, recobre o greenstone-belt neoarqueano. O início do Paleoproterozóico nestes domínios foi marcado por um magmatismo máfico-ultramáfico sideriano (~2,4 Ga),
seguido pela deposição de bacias plataformais e intracontinentais siliciclásticas (<2,03 Ga). Os precursores dos gnaisses e granulitos afetados pelas orogêneses do Ciclo Transamazônico são mesoarqueanos a siderianos (3,1 a 2,3 Ga) e sofreram eventos metamórficos de alto grau no Riaciano (2,19-2,06 Ga). No Domínio Bacajá ocorrem greenstone-belts e granitóides siderianos (2,45-2,35 Ga). Nos orógenos riacianos as rochas de arcos de ilhas/magmáticos de 2,26-2,13 Ga e de bacias relacionadas marcam a acresção pré-colisional, enquanto os charnockitos e granitóides de 2,11-2,05 Ga correspondem à fase sin a pós-colisional. Os orógenos riacianos ocorrem no Craton Amazônico (domínios Bacajá,
Carerucuru, Paru, Santana do Araguaia e Bloco Amapá) e no Fragmento Cratônico São Luis, este último em parte foi retrabalhado durante o Ciclo Brasiliano. No oeste, destaca-se o orógeno orosiriano do Domínio Tapajós composto por rochas de 2,03-2,0 Ga de arco de ilha e
respectiva bacia, rochas de um arco vulcânico de 2,0 Ga e por granitóides de 1,98-1,96 Ga e rochas de 1,92-1,89 Ga posteriores à colagem do arco ao continente a leste. Na parte central e noroeste, um extenso vulcano-plutonismo félsico de 1,89-1,86 Ga, com termos intermediários e máficos subordinados, seguido pela implantação de bacias de rifte continental marcam a tafrogênese orosiriana nos domínios Iriri-Xingu  e Erepecuru-Trombetas, que se estendeu aos domínios adjacentes. Esparsas ocorrências de rochas máficas e félsicas de 1,78 e 1,76 Ga  nos domínios orosirianos indicam que este processo se estendeu ao Estateriano. No sudoeste, ocorrem rochas do arco vulcânico de 1,78 Ga do
Domínio Juruena, intrudidas por granitos de 1,76 Ga e recobertas por uma bacia de antepaís (<1,74 Ga). Ocorrências locais de magmatismo máfico (~1,2 Ga) e sienítico subsaturado do Esteniano são os únicos registros mesoproterozóicos. Os cinturões neoproterozóicos (Araguaia e Gurupi) são marcados por uma sedimentação toniana de

 margem passiva, por vezes com ofiolitos associados. Sienitos subsaturados  de 732
Ma e complexos carbonatíticos, respectivamente no nordeste e centro-norte, marcam um magmatismo alcalino criogeniano. Um granito de 550 Ma e bacias de riftes ediacaranos, no nordeste do estado, são os últimos registros pré-cambrianos no Pará.
Palavras-chave: domínio tectônico; pré-cambriano; pará. 


 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tect%C3%B3nica_de_placas 

Teoria da tectónica de placas

Durante a década de 1960 fizeram-se grandes progressos e mais foram despoletados por várias descobertas, sobretudo a da dorsal meso-atlântica. Salienta-se a publicação, em 1962, de uma comunicação do géologo americano Harry Hess (Robert S. Dietz publicou a mesma ideia um ano antes na revista Nature. No entanto, a prioridade deve ser dada a Hess, pois ele distribuiu um manuscrito não publicado do seu artigo de 1962, em 1960). Hess sugeriu que os continentes não se moveriam através da crusta oceânica (como sugerido pela deriva continental) mas que uma bacia oceânica e o continente adjacente moviam-se conjuntamente numa mesma unidade crustal ou placa. Nesse mesmo ano, Robert R. Coats do U.S. Geological Survey descreveu as principais características da subducção no arco insular das Ilhas Aleutas. Esta sua publicação, ainda que pouco notada na altura (tendo sido até ridicularizada), tem sido de então para cá considerada como seminal e presciente. Em 1967, Jason Morgan propôs que a superfície da Terra consiste de 12 placas rígidas que se movem umas em relação às outras. Dois meses mais tarde, em 1968, Xavier Le Pichon publicou um modelo completo baseado em 6 placas principais com os seus movimentos relativos.

Expansão dos fundos oceânicos


Alternância de polaridade magnética nos fundos oceânicos.
A descoberta da alternância de polaridade magnética das rochas dos fundos marinhos e da sua simetria relativamente às cristas meso-oceânicas sugeria uma relação. Em 1961, os cientistas começaram a teorizar que as cristas meso-oceânicas corresponderiam a zonas estruturalmente débeis onde o fundo oceânico estava a ser rasgado em dois, segundo o comprimento ao longo da crista. O magma fresco proveniente das profundezas do interior da Terra sobe facilmente através destas zonas de fraqueza e eventualmente flui ao longo das cristas criando nova crusta oceânica. Este processo, mais tarde designado por expansão dos fundos oceânicos, em funcionamento há muitos milhões de anos é o responsável pela criação dum sistema de dorsais oceânicas com uma extensão próxima de 50 000 km. Esta hipótese era apoiada por vários tipos de observações:
  • nas cristas ou nas suas proximidades, as rochas são muito jovens, tornando-se mais antigas à medida que nos afastamos delas;
  • as rochas mais jovens presentes nas cristas apresentam sempre a polaridade actual (normal);
  • faixas de rocha paralelas às cristas com alternância de polaridade magnética (normal-inversa-normal…) sugerem que o campo magnético da Terra tem sofrido muitas inversões ao longo do tempo.
Ao explicar quer o padrão de alternância de polaridade das rochas, quer ainda a construção do sistema de dorsais meso-oceânicas, a hipótese da expansão dos fundos oceânicos ganhou adeptos e representou mais um grande avanço no desenvolvimento da teoria da tectónica de placas. Mais ainda, a crusta oceânica passou a ser vista como um registo magnético natural da história das inversões do campo magnético terrestre.

A descoberta da subducção

Uma importante consequência da expansão dos fundos oceânicos era que nova crusta estava a ser (e é-o ainda hoje), formada ao longo das cristas das dorsais oceânicas. Esta ideia caiu nas graças de alguns cientistas que afirmaram que a deslocação dos continentes pode ser facilmente explicada por um grande aumento do tamanho da Terra desde a sua formação. Porém, esta chamada teoria da Terra expandida, não era satisfatória pois os seus defensores não podiam apontar um mecanismo geológico convincentemente capaz de produzir tão súbita e enorme expansão. A maioria dos geólogos acredita que o tamanho da Terra terá variado muito pouco ou mesmo nada desde a sua formação há 4.6 biliões de anos, levantando assim uma nova questão: como pode ser continuamente adicionada nova crusta ao longo das cristas oceânicas, sem aumentar o tamanho da Terra?
Esta questão intrigou particularmente Harry Hess, geólogo da Universidade de Princeton e contra-almirante na reserva e ainda Robert S. Dietz, um cientista do U.S. Coast and Geodetic Survey, que havia sido o primeiro a utilizar o termo expansão dos fundos oceânicos. Dietz e Hess estavam entre os muito poucos que realmente entendiam as implicações da expansão dos fundos oceânicos. Se a crusta da Terra se expandia ao longo das cristas oceânicas, teria que estar a encolher noutro lado, raciocinou Hess. Sugeriu então que a nova crusta oceânica se espalhava continuamente a partir das cristas oceânicas. Muitos milhões de anos mais tarde, essa mesma crusta oceânica acabará eventualmente por afundar-se nas fossas oceânicas – depressões muito profundas e estreitas ao longo das margens da bacia do Pacífico. Segundo Hess, o Oceano Atlântico encontrava-se em expansão enquanto o Oceano Pacífico estava em retracção. Enquanto a crusta oceânica antiga era consumida nas fossas, novo magma ascendia e eruptava ao longo das cristas em expansão, formando nova crusta. Com efeito, as bacias oceânicas estavam perpetuamente a ser "recicladas", com a criação de nova crusta e a destruição de antiga crusta oceânica a ocorrerem simultaneamente. Assim, as ideias de Hess explicavam claramente por que é que a Terra não aumenta de tamanho com a expansão dos fundos oceânicos, por que é tão pequena a acumulação de sedimentos nos fundos oceânicos e por que é que as rochas oceânicas são muito mais jovens que as rochas continentais.


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

África: Volta, 8502 kilômetros quadrados, um lago construído pelo ser humano.

http://gigantesdomundo.blogspot.com.br/2012/11/o-maior-lago-artificial-do-mundo.html 

O Lago Volta, localizado em Gana, na África, é o maior lago artificial do mundo em área, cobrindo quase 8502 km² e o quarto maior em volume de água.

Rússia: Baikal, na Sibéria, a 1186,5 metros abaixo do nível do mar.

(mais...)  http://pt.wikipedia.org/wiki/Lago_Baikal
O Lago Baikal é um rifte onde a crosta está se separando.4 Com seus 636 km de comprimento e 79 km de largura, é a maior superfície de água doce da Ásia (31.722 km2), além de ser o mais profundo lago do mundo com seus 1642 metros de profundidade. O fundo do lago está a 1186,5 metros abaixo do nível do mar, mas abaixo ainda existem cerca de 7 quilômetros de sedimentos, o que coloca o fundo do rifte a 8 ou 11 km abaixo da superfície, sendo o mais profundo em rifte continental.4 Em termos geológicos este rifte é jovem e ativo, aumentando cerca de dois centímetros por ano. A área da falha geológica também é sismicamente ativa, havendo fontes termais e terremotos a cada poucos anos. O único rio que provém do Lago Baikal é o Rio Angara, um afluente do Ienissei.
Ficheiro:Olchon1.jpg

Tepuy: furnarius rufus. O joão-de-barro, sem canto atraente, é mais popular pela construção do ninho similar às construções humanas, e que perdura em lugares altos por muitos anos.

 No Tepuy podem ser vistos perto de cursos de água provenientes da quebra de canos da fornecedora de água, recolhendo barro. Também já foram vistos perseguindo, em bando, em vôo,  um sabiá até deixá-lo exausto. Notável que os territórios de ambos não se misturam. O furnarius rufus é visto na BIO e em campo aberto, enquanto o sabiá se compraz no sub-bosque do Tepuy, protegido nos ramos de diversos níveis.
Há ninho do furnarius rufus no abacateiro na área limítrofe Tepuy-BIO, onde perdurou por muito tempo. Este ano construiu na leocena matriz, na BIO, mas talvez por não ter as rugosidades do galho do abacateiro, seu ninho caiu. Seu ninho também já foi visto nas proximidades, mas onde não há vegetação densa, em mangica indica. TBp.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o-de-barro


 
O nome científico do joão-de-barro é Furnarius rufus, tendo sido descrito pela primeira vez por Johann Friedrich Gmelin em 1788. Pertence à ordem dosPasseriformes, família Furnariidae. O gêneroFurnarius foi descrito por Louis Jean Pierre Vieillot em 1816. Da espécie partem cinco subespécies:4
É uma espécie nativa da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai, ocupando uma vasta região, que vai do sul dos estados brasileiros de Pernambuco, Goiás e Mato Grosso, cobre toda a parte leste da Bolívia, seguindo para o sul pelas encostas da Cordilheira dos Andes até a altura daPensínsula Valdez, na Argentina, espalhando-se destes limites até o litoral atlântico. Sua população não foi quantificada, mas parece estar aumentando e foi descrita como uma ave comum. Por tais motivos a Lista Vermelha da IUCN a classifica como espécie em condição pouco preocupante.5 A espécie tem invadido cada vez mais as cidades e, em virtude do desmatamento, que cria campos ou arborização rala, também sua zona de ocorrência está aumentado.3
É conhecido em português por vários apelidos, como amassa-barro, barreiro, forneiro, maria-de-barro, oleiro, pedreiro, e em espanhol pode ser chamado de hornero común, alonsito e hornero.6



Ficheiro:RosttöpferWorld.png
Habitat no Brasil

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Vulcanismo: as placas tectónicas da Terra.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/03/110311_entenda_circulo_fogo_rp.shtml

Vulcanismo: Brasil encontra-se no centro de uma grande plática tectônica estável.

http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000300004&lng=en&nrm=iso 

ComCiência

On-line version ISSN 1519-7654

ComCiência  no.117 Campinas  2010

REPORTAGEM

Os (não tão) imperceptíveis movimentos da Terra


Leonor Assad


De repente, sente-se uma vibração que aumenta rapidamente; lustres balançam, objetos se movem sozinhos e somos invadidos pela estranha sensação de medo do imprevisto. Segundos parecem horas, poucos minutos são uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos de um terremoto, um tipo de abalo sísmico. Diariamente ocorrem muitos abalos sísmicos na Terra. Eles acontecem porque nosso planeta não é estático; é formado por camadasque possuem comportamentos diferentes. Considerando-se suas características químicas e físicas, a Terra é dividida em crosta, manto e núcleo. Mas, observando-se sua estrutura dinâmica, a Terra pode ser dividida em litosfera, astenosfera, mesosfera e núcleo.
Nos primeiros 100 km de espessura, ou seja, numa zona que envolve a crosta e a parte externa do manto, os materiais estão em estado sólido e a camada recebe o nome de litosfera (do grego lithos = pedra). A litosfera não é contínua e apresenta-se fragmentada por falhas e fraturas profundas. Esses fragmentos constituem as placas tectônicas e, atualmente, consideram-se doze placas em todo o globo terrestre. Na verdade, esse número refere-se às grandes placas, existindo também dezenas de placas menores. Abaixo da litosfera, tem-se a chamada astenosfera (do grego, asthenes = fraqueza), uma camada flexível, que se deforma para acomodar os movimentos horizontais e verticais das placas tectônicas. Na superfície, por estar em contato com a atmosfera, as rochas esfriam, formando uma pequena camada sólida e frágil - a litosfera - sobre uma astenosfera, que permanece quente e maleável, ou seja, que se molda em função de movimentos na litosfera.
A litosfera se move constantemente em função da grande quantidade de energia, na forma de calor, existente no núcleo da Terra. Esses movimentos são contínuos e lentos, da ordem de alguns centímetros por ano. Roberto Dall'Agnol, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), explica que é necessário entender a noção de tempo geológico quando nos referimos a movimentos de placas tectônicas. "Em geologia a noção de tempo envolve grandezas enormes, da ordem de milhões de anos, e nossa noção cotidiana de tempo é dias, meses e anos", observa. Por isso, o constante movimento das placas só é percebido quando duas placas se chocam ou se raspam, provocando um movimento brusco e de grande intensidade. A previsão desses eventos, salienta Dall'Agnol, se dá também em escala de tempo geológico, portanto, não são previsíveis para nossa escala de tempo cotidiana.

Como ocorrem terremotos
"Os movimentos internos da Terra, causados pelo calor, formam correntes de convecção que empurram as placas tectônicas e dão origem a fenômenos como terremotos, vulcões e tsunamis", explica Marcelo Assumpção, geólogo e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). "Os terremotos, podem durar segundos ou minutos, e são como 'escorregões' súbitos no contato entre as placas. Os vulcões surgem em geral onde uma placa oceânica se movimenta para baixo de outra placa; como nessa região a temperatura é muito alta, o calor derrete essa parte que se colocou abaixo e o material fundido sobe à superfície. Os tsunamis são ondas nos oceanos causadas pela movimentação vertical do fundo oceânico durante um terremoto", detalha. "Terremotos, vulcões e tsunamis são mais frequentes em regiões onde uma placa desce para o interior da Terra por baixo de outra placa", acrescenta.
Assumpção é especialista em sismologia, ramo da geologia que estuda os sismos ou movimentos que ocorrem na litosfera. Segundo ele, existem três tipos de movimentos: convergente (quando duas placas se chocam), divergente (quando placas se movimentam em direções contrárias) e transformante (quando placas se separam por deslocamento lateral). Alguns desses movimentos provocam abalos que alcançam magnitudes muito altas.
Existem muitas diferenças entre os terremotos e os impactos por eles causados. Este ano, o mundo foi surpreendido por três grandes terremotos: o do Haiti, de magnitude 7, em 12 de janeiro, o do Chile, de magnitude 8,8, em 27 de fevereiro, e o do México, de magnitude 7,2, em 4 de abril. Assumpção esclarece que o terremoto do Haiti teve magnitude alta, mas não excessiva. "Ocorrem, anualmente, perto de dez terremotos no mundo com magnitude 7. A excepcionalidade do caso do Haiti foi que a falha geológica que se movimentou, ou seja, o contato entre a placa do Caribe e a da América do Norte, estava praticamente dentro da cidade de Porto Príncipe, de população elevada e construções não preparadas para suportar grandes vibrações", completa.
O terremoto do Chile ocorreu em várias profundidades ao mesmo tempo, desde a superfície até uns 50 km de profundidade, enquanto o do Haiti se estendeu numa camada entre 5 e 20 km de profundidade. Mas, segundo o geólogo da USP, não há muita relação entre a profundidade inicial e os danos causados pelos grandes terremotos. "As diferenças de profundidade entre os terremotos do Haiti e do Chile não foram fatores importantes nos danos observados", insiste. O que determina o alcance dos danos é a magnitude do sismo, isto é, o tamanho da parte da falha geológica que rompeu e se deslocou. "No Haiti, a parte da falha que se deslocou tinha aproximadamente 50 km de comprimento. No Chile, a magnitude foi bem maior, porque a parte da falha que se rompeu, num deslocamento abrupto, tinha cerca de 500 km de comprimento, no contato entre a placa de Nazca (parte do fundo oceânico do Pacífico) e a placa da América do Sul", afirma.
O fato de termos três terremotos intensos com menos de 90 dias de intervalo entre um e outro, não significa que existam relações diretas entre esses eventos. Dall'Agnol, da UFPA, explica que o abalo no Chile pode ser sentido em São Paulo, por meio de tremores fracos, porque se trata da mesma placa. "Esses movimentos envolvem grandes massas de rocha e produzem tensões que se acumulam em vários pontos. Como os processos naturais tendem sempre para o estado de menor energia, quando as rochas atingem o limite de resistência, ocorre uma ruptura. Mas esses processos, de acumulação e dissipação de energia, são localizados", pontua.

Brasil não está livre de abalos sísmicos
O Brasil se encontra na região central de uma placa tectônica muito grande, a Placa Sul-Americana, a milhares de quilômetros de distância dos limites com a Placa Africana, a leste, e com a Placa de Nazca, a oeste. Nem por isso está isento de abalos sísmicos, pois há regiões da Placa Sul-Americana que são mais fracas e podem "trincar" com as pressões relacionadas com a sua movimentação geral. O geólogo Joaquim Mendes Ferreira, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e coordenador do Laboratório de Sismologia daquela universidade, explica que existem sismos intraplaca, que ocorrem no interior da placa, e sismos de borda de placa, que ocorrem nas margens ou limites de placas. Sismos de borda de placa são mais frequentes e podem atingir magnitudes maiores que os sismos intraplaca, diz Ferreira.
Segundo o geólogo da UFRN, todos os sismos que ocorrem no Brasil são do tipo intraplaca, com exceção dos sismos profundos do Acre, que ocorrem a 600 km de profundidade. Nesse caso, esclarece Assumpção, da USP, "a placa de Nazca está mergulhando por baixo da Placa Sul-Americana e os sismos quase não são sentidos na superfície". Muitos sismos brasileiros ocorrem em profundidades que vão da superfície até 40 km de profundidade, mas a maioria se dá nos primeiros 10 km de profundidade. Em março deste ano, Alagoinha, cidade localizada no agreste de Pernambuco e a 225 km de Recife, registrou 65 pequenos tremores de terra em oito dias. Segundo Assumpção, esses tremores foram devidos a movimentações abruptas em falhas geológicas, com extensões de algumas dezenas de metros e, por isso, com vibrações bem mais fracas que as do Chile, do Haiti e do México.
Existem fatores geológicos que influenciam a distribuição dos sismos. Ferreira, da UFRN, afirma que, de acordo com os conhecimentos atuais, "a região Nordeste do Brasil é a de maior atividade sísmica do país". Mas isso não quer dizer que essa atividade se distribui uniformemente. Segundo ele, essa sismicidade é mais intensa na borda da Bacia Potiguar (noroeste do Ceará), no Lineamento Pernambuco (falha geológica de 700 km de extensão e 30 metros de profundidade que atravessa longitudinalmente o estado de Pernambuco) e no Recôncavo da Bahia (região em torno da Baía de Todos os Santos, onde se situa Salvador). Ferreira explica que o conhecimento da atividade sísmica depende essencialmente de duas formas de dados, os macrossísmicos e os instrumentais. Os dados macrossísmicos provêm de relatos feitos por pessoas. "No passado, as fontes eram livros, jornais e levantamentos feitos na região; hoje, ainda temos o rádio, a TV e a internet", diz. Os dados instrumentais são obtidos analisando registros de estações sismográficas.
Portanto, o conhecimento sobre abalos sísmicos numa dada região depende da data a partir de quando ela foi ocupada, em termos históricos, e de sua densidade populacional. Depende também da densidade de estações nessa região. "Como a região Norte é de ocupação mais recente, menos habitada e com menor densidade de estações sismográficas, é possível que sua atividade sísmica esteja bastante subestimada", pondera Ferreira.

Vulcões no Brasil são coisas de um passado remoto?
No território brasileiro, existem vários vestígios de eventos vulcânicos, desde os muito antigos, como o vulcanismo ocorrido há três bilhões de anos numa área onde hoje se encontra o estado do Pará, até o mais recente, de alguns poucos milhares de anos, na ilha de Trindade, na costa do Espírito Santo. No Brasil, ocorreram atividades vulcânicas de altíssima intensidade, num período que se estende de 135 a 65 milhões de anos atrás (o Cretáceo). Esses eventos aconteceram onde hoje estão Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai, Paraguai e Argentina. Deram origem à maior área de vulcanismo basáltico existente no mundo, com 1.200.000 km 2.
Dall'Agnol, da UFPA, explica que toda a dinâmica dos vulcões está relacionada com as placas tectônicas. A maioria dos vulcões ocorre ao longo ou próximo das bordas de placas, resultantes de movimentos convergentes ou divergentes. "Podem ser formados por subducção (mergulho de uma placa sob outra) ou quando duas placas se afastam no fundo dos oceanos", afirma. Ele acrescenta que eventualmente podemos ter vulcões intraplacas. "Nesses casos, ocorre um quebramento de continente". O vulcanismo intraplaca ocorre quando existe um ponto quente, no qual o material sólido quente ascende em jatos estreitos e cilíndricos, de locais profundos do manto. O geólogo salienta que os vulcões brasileiros estão inativos, atualmente, porque nosso território ocupa a parte central de uma grande placa tectônica, muito antiga e muito estável. Segundo ele, embora abalos sísmicos, vulcões e tsunamis estejam relacionados entre si e ocorram em áreas de atividade física, pode ocorrer abalo sísmico, sem ocorrer vulcanismo.
Embora a grande maioria dos eventos sísmicos tenha origens naturais, alguns podem ser induzidos por atividades humanas. Dall'Agnol explica que o enchimento de reservatórios de água em grandes barragens, a extração de petróleo, as explosões subterrâneas, a injeção profunda de fluidos sob alta pressão e as atividades de mineração e de pedreiras também podem causar abalos sísmicos. "Essas atividades podem provocar reajuste de camadas de rochas, com pequenos abalos, absolutamente localizados", avalia o geólogo.