quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Hipermídia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto 

Hipertexto e Educação

Um tópico relevante é a utilização da ferramenta de hipertexto na Educação. O trabalho com hipertexto pode impulsionar o aluno à pesquisa e à produção textual. O hipertexto como ferramenta de ensino e aprendizagem facilita um ambiente no qual a aprendizagem acontece de forma incidental e por descoberta, pois ao tentar localizar uma informação, os usuários de hipertexto, participam ativamente de um processo de busca e construção do conhecimento, forma de aprendizagem considerada como mais duradoura e transferível do que aquela direta e explícita.5
A relação entre Educação e mídias digitais se faz a partir da popularização da internet, mediante o uso intenso da linguagem html, que possibilitou a montagem de rede hipertextuais, com links. Com o uso de hipertexto, conexões disponibilizam material de referência, independente do tema de interesse, com construção de base de dados cujo acesso associativo forma uma verdadeira rede de conceitos e exemplos.
No meio acadêmico-científico, a organização das informações são artificiais, pois tendem a uma hierarquização forjada. A disposição das informações no meio reticular da internet, com o auxílio dos hiperlinks, disponibiliza os conteúdos relacionados conforme seu desenvolvimento, a partir da ideia de que hipertextos transformam automaticamente palavra em texto escrito. Dessa maneira, são como as associações na mente humana, que se movimenta de uma representação para outra ao longo de uma rede intricada.6
Conforme Pierre Lévy, os conteúdos tendem à digitalização, que conecta numa mesma rede o cinema, o jornalismo, a música e as telecomunicações, deixando o tratamento físico dos dados em segundo plano. Assim, "ao entrar em um espaço interativo e reticular de manipulação, associação e leitura, a imagem e o som adquirem um estatuto de quase-textos", o que amplia as ferramentas de ensino e discussão.7

Hipertexto e Jornalismo

Primeira Geração: Jornalismo impresso
No jornalismo, o hipertexto não passou a ser usado somente a partir do advento do jornalismo online. Ao invés da tecnologia dos links, o jornal impresso desenvolveu técnicas análogas que podem quebrar a linearidade da leitura. Ele pode ser encontrado no meio impresso, por exemplo, através de índices, rodapés, remissões, legendas, boxes, caixas de diálogo, gráficos, entre outros.
Nos índices dos jornais e revistas, o leitor tem conhecimento do que encontrará na publicação, sendo direcionado para as matérias de seu interesse. A divisão em editorias também tem esse papel, fazendo com que o leitor não precise ler o jornal na íntegra, o que caracteriza uma leitura não-linear.
Já as notas de rodapé desviam o olhar do leitor e o direcionam para outra informação que complementa ou esclarece algo citado no texto, recurso comum em livros. As remissões são utilizadas para remeter o leitor a outras matérias, seja para facilitar o entendimento daquela lida no momento ou para complementar o assunto.
Um recurso que também é comum nos jornais é o box. Ele pode conter um histórico da situação abordada na matéria, uma informação adicional, uma curiosidade, ou mesmo uma prestação de serviço. Para isso, palavras podem ser destacadas para que assim remetam a uma outra informação contida no box, funcionando como um link no papel. 8
Segunda Geração: Jornalismo online
A internet começou a ser utilizada com finalidade jornalística de forma expressiva em meados dos anos 90, com o desenvolvimento da Web. A partir daí, uma nova forma de informar e de se relacionar com o público surgiu: o jornalismo online.
Num primeiro momento, esse jornalismo não passava de uma transposição das matérias do jornal impresso para o meio digital. Em uma segunda fase, os textos começam a investir nas tecnologias informáticas, nas quais o link confere velocidade à conexão entre diferentes notícias. Os e-mails surgem como forma de comunicação com o leitor.
O webjornalismo desponta definitivamente com o surgimento de projetos editoriais voltados exclusivamente para a internet. Esse atual jornalismo possui características específicas: interatividade, customização de conteúdo, hipertextualidade e multimidialidade (Bardoel e Deuze, 2000).
A interatividade faz com que o leitor se sinta parte do processo e possa enviar sugestões/opiniões aos jornalistas. O conteúdo é customizado a partir de sites configurados de acordo com os interesses do leitor, que já o direcionam para suas áreas preferenciais. Já a multimidialidade se refere à mistura de diferentes mídias tradicionais (imagem, texto e som) para narrar um fato.9
Terceira Geração: Jornalismo colaborativo
O jornalismo colaborativo dá um passo a frente do webjornalismo, na medida em que quebra as barreiras entre jornalista/leitor. Surge a Web 2.0, termo que descreve o atual período da rede cuja ênfase passa da publicação para a colaboração. Nela, a abertura dos hipertextos é levada ao limite: os envolvidos compartilham a construção comum do texto 10 .O melhor exemplo é a Wikipedia, que permite a invenção coletiva ao mesmo tempo que cria links entre seus próprios verbetes.
Nos diversos sites colaborativos, como o WikiNews e o Slashdot, o jornalista não mais detém o poder da escrita. Eles permitem que o leitor se coloque como repórter e mande sua própria matéria. O jornalista coreano Oh Yeon Ho, ao criar o OhMyNews, decreta que "todo cidadão é um repórter" 11
Além disso, sites jornalísticos tradicionais vem apostando na interação com o leitor permitindo que este envie matérias, vídeos, fotos e informações que possam colaborar na construção da notícia, como o Vc Repórter, do Portal Terra, e o Eu-repórter, do Jornal O Globo.

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