quarta-feira, 26 de junho de 2013

TRENDS AND PERSPECTIVES OF CATTLE RANCHING IN THE BRAZILIAN AMAZON. Amazônia brasileira: uma avaliação da criação de gado na Amazônia Legal. Participação da EMBRAPA.

ISSN 1809-4058
Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 4, n. 8, janeiro/junho 2009
A expansão da pecuária na Amazônia tem
sido impulsionada pelas características
socioeconômicas da região, com preços baixos
de terra, quando comparada a outras regiões do
país, além de mão-de-obra barata, o que torna o
empreendimento lucrativo. O solo e o clima,
favoráveis à criação de bovinos, durante o ano
inteiro, também, tem contribuído para o aumento
dessa atividade (RIBEIRO et al., 2005)
Nos últimos 30 anos a pecuária brasileira
passou por notável progresso tecnológico, o que
resultou em aumento na produtividade, na
rentabilidade e na competitividade das cadeias
produtivas no mercado nacional e internacional.
Como prova disso, entre janeiro e novembro de
2008 foi exportado 1,3 milhão de toneladas de
carne bovina, com faturamento de US$ 5 bilhões,
e 133 mil toneladas de produtos lácteos, com
faturamento de US$ 484 milhões (CNA, 2008)

(...)
O grande desafio que os produtores
enfrentam na Amazônia Legal é a adequação de
seus sistemas de produção e de suas
propriedades às crescentes restrições/exigências
ambientais (Zoneamento Ecológico-Econômico,
aumento da reserva legal de 50% para 80%, etc.)
que criaram um passivo ambiental antes
inexistente para produtores os quais eram
cobrados pelo governo para desmatar até 50%
de suas propriedades, como demonstração de que
eram produtivas. Além disto, o processo de
desmatamento e estabelecimento de pastagens
gerou, ao longo de décadas, um extenso passivo
de áreas de preservação permanente. A partir de
2008, o acesso dos produtores a linhas de crédito
em bancos públicos e privados passou a ser
condicionado à regularização do passivo
ambiental. As exigências da legislação trabalhista vêm estimulando a substituição das práticas e
processos agropecuários que demandam mão-de-obra, por práticas e processos com uso de máquinas, equipamentos e agroquímicos, principalmente em atividades temporárias,
relacionadas à formação e manutenção de áreas
de pastagens ou recuperação daquelas que se encontram
degradadas.

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